Decepção veio me visitar novamente :(

“Você nunca soube cuidar de mim, como eu merecia e deveria ser cuidada. Porque você sabe, eu tenho meus medos, minhas mágoas, sabe que sou difícil de esquecer – e principalmente, não sei perdoar. Não sei mesmo, confesso! Se a pessoa sabe que aquilo vai me machucar, por que segue adiante com o “plano”? Por que não muda de rota? Que diabos, por que você não mudou de estratégia? Você me tinha, eu te amava, e pra mim, naquele instante, isso bastava! Você sempre soube que eu havia rachaduras, que precisava de concertos de vez em quando, que qualquer toque feito de mau jeito, eu iria desmoronar. Desmoronei-me todos os dias por ti! Você sempre soube de tudo, desde o inicio, o tempo todo. Você sabia que eu era mais sensível que o que era considerado “normal”. Que choro que nem uma manteiga derretida, que preciso de atenção vinte e quatro horas por dia, e que horas extras.. sempre me fizeram bem. É isso! Eu sempre te precisei mais do que você poderia me oferecer! Você é pouco, teve pouco, me deu pouco, vai continuar sendo pouco. E sabe o que é pior? Eu nunca fui pretensiosa o bastante para querer almejar algo melhor. Sempre tive aquele medo de escolher demais e ficar sozinha, talvez seja esse meu motivo de ter te escolhido, por medo de ficar sozinha.. escolhi você! “Melhor um passarinho na mão do que dois voando..” Achei que com você, eu iria me satisfazer, só um pouquinho, sabe? Que durante a noite, você poderia me esquentar, um pouquinho só.. também. Ansiei de você tudo tão pouco, e acabei recebendo o desejado – pouco, pouquíssimo, miséria. Confesso. Por um instante, quero dizer.. por muito tempo, achei que você era o cara certo pra mim, o meu número. Na real? Tu foi meu numero mesmo. Mas como toda camisa, se você usar demais, ela vai perdendo a cor. E como coincidência, perdemos a cor também. Nem no pouco, que era o seu ponto forte, você não estava dando conta, estava morno demais para alguém que gostava de tomar banho na água quente. Confessa vai.. era muita areia pro seu caminhãozinho.”