quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sou espinho, mas tambem sei ser flor!


Não consigo enxergar outra saída pra ser o que eu sou. Sou espinho. Sou assim e ninguém consegue me mudar. Sou impulsiva, intolerante, sem paciência, teimosa. Mas sao poucos que conseguem ver meu lado flor? Doce, meiga e gritando em silêncio que preciso de carinho? Você não consegue enxergar? Não, ninguem consegue. Não consigo me adequar ao normal. Sou assim, não presto. Não consigo acreditar mais em contos de fadas e ”para sempre”. Desculpa por  decepcionar alguns , mas eu sou água-viva onde todas são estrela-do-mar. Sou espinho mas também sei ser flor. Procuro o diferente e só encontro o igual. E você, no meio de todos. No caso eu sou o cravo e você é a rosa. Você é o meigo, o romântico, o que ainda teima em acreditar. Eu, infelizmente, sou o cravo. A que tenta se proteger, que cria escudos, dificuldades, a que não consegue mais acreditar. Você é a rosa que ofusca todo o resto da plantação e eu sou mais um cravo no meio de tantas outras flores que você quer cultivar. Você quer o fácil. E a mim, bem, nada mata a minha sede. Você quer comodidade, eu quero inovação. Do que eu sei de mim, não durariamos juntos um mês. Não por sermos diferentes. Mas por sermos iguais demais para dá certo. Você com sua vida bem resolvida e eu com a minha totalmente mal resolvida. Mas se até na matemática menos e menos dá mais, porque não com a gente? Somos cargas de mesmo valor que se repulsam? No mar desses sentimentos estou a me afogar. Do que sei de mim, eu cuidaria de você, te protegeria. Do que sei de você, você queria que ela cuidasse de você, te protegesse. Do que sei de mim, já foi o tempo e foi-se faz tempo. Não dou mais muro em ponta de faca. Feridas, mesmo que bobas, demoram para se cicatrizar. Não pago mais para ver. Não choro por quem se vai no outro dia. Conto quem me importa nos dedos, e ainda sobram dedos. Não dou mais a minha cara para bater. Não me importo mais com o que acham de mim e vou vivendo a vida do meu jeito. Ora sendo flor, ora sendo espinho. Vou me adequando a situação. Aprendi que amor não se pede, não se implora. E que se for pra ser, será. Independente da dona dos olhos brilhantes e do sorriso deslumbrante, ou de toda a minha confusão. Só oro para que você seja muito feliz. E que não me contamine mais. Chega de restos, pedaços, migalhas. Não posso ser sua meia amiga, seu meio amor. Ou sou tudo ou sou nada. Enquanto o seu passado fizer parte do seu presente, vou tentando não me incluir no seu futuro. Porque, além dos meus espinhos eu tenho também muitas flores.

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