terça-feira, 9 de abril de 2013

Enfim eu mesma coloquei um ponto final :S

Eu não sei como começar este texto. Da mesma forma como eu não sei como nós começamos, mas insistimos em tentar criar alguma coisa desse nada que a gente era. Eu sempre gostei de você. Eu gosto de você. E talvez eu vá gostar pro resto da vida. Mas eu não sou burra, meu querido Eu sei até onde algo deve ir. E nós não devemos mais sair do lugar. Nós não conseguiríamos. Nem que tentássemos mais do que já temos tentado. E, meu anjo, eu quero repetir que te gosto e muito, mas quero deixar claro que não suporto mais um segundo . Sofrer tem sido a única saída e escrever tem sido minha válvula de escape; viver assim tem me esgotado a cada dia que passa. Ver você suspirando pelos cantos me corta de uma forma que daria inveja à mais afiada adaga samurai. Cada sopro teu me faz um castelo de cartas e me derruba, me espalha, segrega, me impedindo de recolher meus pedaços.Detesto admitir, mas você estava certo. Nós não temos razão nem circunstância. Nós somos a palavra coisificada, o significado sem significante, a ideia sem imagem acústica. Nós não devíamos ter começado coisa alguma quando se esperava alguma coisa, qualquer coisa, menos esse nós despedaçante. Eu achava que o amor talvez curaria todas as feridas, taparia todas as brechas, encobriria os pecados e formaria pontes sobre os abismos. E de certa forma aconteceu, mas hoje não acontece mais. Talvez por descuido meu, seu,nosso sua conspiração e falta de senso. Pode ter sido tudo e pode ter sido quase nada, mas que foi algo intenso ah isso foi, Isso é. E você sabe que você me gosta. Eu sei que você gosta. Sei que tambem gosto e sei como vou sofrer por expurgar esse câncer do meu peito. Células inocentes vão precisar ser mortas também. Ossos do ofício. Eu só não posso emperrar. Como eu digo que gosto de você sem dizer? Com os olhos? Com as lágrimas grossas que escorreram quando a mocinha beijou o mocinho? Eu não posso repetir mais essa expressão. Mesmo de lábios fechados, quem me olhar na rua vai saber que eu te gosto. Quem me vir chorando com um sorriso vai entender que é você que me deixa assim. Mesmo quem não te conhece. Só que agora eu preciso deixar você ir. Não quero te largar, mas nosso tempo passou e a ferrugem já tomou de conta das nossas engrenagens. Você estava certo quando dizia que era arriscado. O problema é que eu te gostava demais para admitir.

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