segunda-feira, 25 de março de 2013

Dessa vez eu decidi pelo fim eu sinto que acabou!

Pedi que levasse minhas palavras a sério, mas já que seus ouvidos foram tapados, então vai-te embora e não me pise os pés por aqui outra vez. Faça o favor de arrumar de modo definitivo a tua mala velha de meias e sentimentos sujos e peço encarecidamente que não me deixe nenhum vestígio teu. Estou tentando evitar lágrimas nos meus livros novos, acredite, eles são mais valiosos do que você. Da última vez que te deixei entrar, o excesso de sentimento enganado fez questão de trancar as portas e esconder as chaves para não saíres, mas tua esperteza é branda, e ofusca a minha capacidade de compreensão sobre a realidade. Mas agora, vai-te embora e leve contigo teu ego infame, cuide apenas da parte que levou de mim, o ódio que te fará companhia nas noites em que procurará meu nome na lista de contatos e perceber que o número já não é mais o mesmo. Eu fiz e faria de tudo para não me envolver novamente pelas lembranças automáticas, mas cada linha de um livro entrelaça seu nome. Mais cedo ou mais tarde eu iriei conseguir extirpar teu perfume das minhas roupas e deletar definitivamente você de minhas lembranças. Elas me trazem aquela sensação perturbadora de estar sonhando mas ter a certeza que tudo não passou de um pesadelo. Era mesmo de imaginar, meu coração estava vendado, não percebia a empáfia de seu sorriso, seu humor descomunal e indeciso, seus interesses mesquinhos. Eu te disseminava na minha vida. Tinha a mania de te colocar de forma privilegiada no meu futuro. No início foi difícil, mas lhe digo que estou descobrindo um amanhã bem mais interessante, cheio de opções e caminhos. E depois de tudo, isso só me traz um alivio extraordinário. Me sinto mais viva e pronta para fazer boas escolhas. De certo por uma coisa devo lhe agradecer, você me ensinou que é preciso viver cada pequeno momento, um de cada vez. São neles que a felicidade se enconde. Expectativas só nos trazem decepções visto que o mundo nos apresenta tantas possibilidades. Deixar a vida nos levar um pouco talvez seja a solução de achar a surpresa e o encantamento da próxima palavra. Um gesto simples e maduro na busca de uma narrativa intensa e genial da vida.

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