quinta-feira, 25 de julho de 2013

ACABOU e desta vez e pra sempre :(

Assim como nasceu meu amor por você, também morreu. De uma maneira ridícula. Eu lembro bem, cheguei na sua frente perfumada e sem grandes intenções. E você me recebeu atrasado de braços abertos e com um lindo sorriso . Pra piorar, estava de vermelho daquele jeito que eu quase nem gosto.Você me olhou como uma criança que é pega fazendo arte e eu te amei loucamente. Naquele segundo, a chavinha virou pra direita e catapuft: te amei absurda e infinitamente. Eu tinha motivos reais, palpáveis e óbvios para te amar. Você é bonito, seu abraço é quente, seu sorriso tem mil quilômetros iluminados, seu humor me faria rir 100 encarnações e você é bom em tudo ou eu pelo menos achava que fosse. Meu coração é gigante, tão gigante que você, por medo, prefere a superfície. Mas eu te amei, mesmo, por causa daquele segundinho, o segundinho que a chavinha virou para a direita. E assim foi por quase tres anos. Eu me perguntava quando isso teria fim. Motivos profundos, nobres e óbvios para deixar de te amar também não me faltaram, mas nenhum deles foi suficiente ou funcionou. Você acompanhou com olhos  todos os passos das garotas que passavam ao nosso redor e eu continuei te amando. Você confundiu pagode com sertanejo e eu continuei louquinha por você. Você tinha alguns probleminhas mas mesmo assim o meu maior prazer sempre foi qualquer segundo ao seu lado. Você me largou sozinha nessa vida,mesmo sabendo que o que eu mais desejavas era estar contigo.E eu, no fundo,sempre  te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua vida. E eu passei quase um bom tempo quietinha, te esperando, rezando pra Santo Antônio te ajudar a ver que amor maior no mundo não poderia existir. Eu segui amando e redesenhando cada dobrinha da sua pele, cada cheiro escondido dos seus cantinhos, cada cílio torto, cada risada alta, cada deslumbre puro com a vida, cada brilho nos olhos quando o mar estivesse bonito demais. Cada preguiça, cada abandono, cada estupidez, cada limitação, cada bobeira. Amava seus erros assim como amava os acertos, porque o que eu amava, enfim, era você. CATAPUFT! E eu me perguntava, quase já sem agüentar mais, sem entender tamanha entrega burra, quando isso finalmente teria um fim. Quando minha coluna ia voltar a ser ereta, minha cabeça erguida e meus passos firmes? Quando eu iria superar você? E foi assim, sem avisar, por causa de um segundo sem grandes enredos, que a chavinha, catapuft, fez meia volta e virou para a esquerda. Me devolvendo a mim, me devolvendo à vida. Dissolvendo você no ar, trazendo cores, cheiros e possibilidades de volta. Matando o homem que eu mais amei na vida . Enquanto todos comemoram a chegada do papa, eu comemoro a sua partida ou melhor a sua morte. A morte de quem e para quem eu já tinha sido mais fiel, refém, escrava e discípula do que para qualquer outro . Mas quer saber? Eu  não quero mais te amar. O menino do qual um dia eu fui loucamente apaixonada hoje nao passa de mais um que apenas passou por mim,mas nao ficou preferiu partir assim como outros e bom Catapuft. Pode parecer loucura, mas tirar você do meu peito foi o meu melhor presente que já ganhei.

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