segunda-feira, 4 de junho de 2012

Tem sido fácil vangloriar a minha aparente fortaleza ao dizer de forma tão súbita que já te esqueci. É tão orgulhoso e mentiroso afirmar que não te amo, não te quero, e não sinto de forma devastadora a tua falta. Chega a ser ridículo as barbaridades que saem de forma amontoada dos meus lábios enquanto eu te olho e percebo o quanto eu ainda te quero, ainda te desejo e o quanto preciso de ti. É nesse momento de olhares esquivos e coração acelerado que se inicia as séries de repetições pra ver se, de alguma maneira, de tanto eu ouvir eu aprendo – Não, eu não posso, eu não me permito olhar pra trás, voltar atrás. Chega de regressos! – Confesso que na hora funciona. Desvio o olhar que insistentemente te busca e te capta. A boca seca. As pernas tremem. O coração dispara. As mãos soam. E eu? E eu sorrio. Sorrio pra você como se nada estivesse acontecendo. Sorrio como se dentro de mim não estivesse acontecendo uma revolução. Enquanto eu sorrio pra você, você pensa “Ah, ela está bem, já passou, já me esqueceu.”, quando na verdade eu estou me auto-torturando tentando provar o que nunca aconteceu. Não. De novo não. Sem essa de melancolismo. Você praticamente me expulsou da sua vida e dessa não há retorno. Não há retorno. Não há retorno. Não há retorno. […] Passei o dia todo repetindo e de nada adiantou. Passei o dia com um sorriso forjado no rosto estampando uma tristeza tão aparente. Anoiteceu. Coloquei a cabeça no travesseiro e calmamente pensei: Não tenho forças. Não mais. Não adianta lutar contra essa turbulência de sentimentos que em mim se apresenta de forma tão intensa. Resolvi deixar acontecer. Dessa vez eu deixei nas mãos do acaso, e que ele me proteja.=/

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