"Chega a ser engraçado parar para pensar sobre o rumo que minha vida está tomando. Prestes a completar 24 anos, ainda procuro encontrar sentido nesse mundo inquieto, disforme, selvagem. A cada dia passado reside a ideia do incompleto. Uma palavra que ficou para trás, uma atitude que poderia ter sido diferente ou um sentimento que deixou de fluir por uma simples escolha.Dizem ser a síndrome dos vinte e poucos anos. Falam sobre o patamar evolutivo do qual escolhas tornam-se cada vez mais escassas devido ao tempo atual. Erros já não podem ser cometidos com frequência e é fundamental, permanecer focada em meus objetivos. Afinal, cada caminho percorrido nesse momento pode sacramentar que tipo de ser humano você será. É uma pressão desigual, eu sei. Injusta, você pensa.Eu acredito estar ainda bem distante daquilo que quero ser. Imaginava nesta altura do campeonato uma vida completamente diferente e por mais que esse discurso pareça melancólico, acredite, ele não é. Porque o primeiro passo para estar receptivo as mudanças é reconhecendo os próprios limites. Finalmente, acredito ter atingido o meu.Hoje, novas prioridades surgem e com elas, novos motivos. Motivos sim, porque objetivos são frustrantes, falhos e metódicos demais.Precisamos de mais motivos em nossas vidas. Motivos para crescermos, agirmos e escolhermos. Tudo novo de novo. Eu gosto disso. Eu honestamente acredito nisso.Ainda que em dias nublados, sorrir não seja das tarefas mais fáceis, sigo a minha própria lei de mutação. Quero vida sincera ao meu redor. Muito de pouco, e não ao contrário."
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