sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Nasci pra dar amor, mas nao receber!!

Devo mesmo carregar uma certa insanidade, por mais que eu busque entender os motivos, nunca encontrei uma única razão que justifique o fato de insistir com esse tal de amor. Me lembrei do meu primeiro namorado, se é que posso chamá-lo assim. Me lembrei de quando nos afastamos devido a essa mesma razão. Amor demais acaba com o tesão, com a vontade de estar junto sem cobranças nem poréns. E por alguns dias ingeri solidão. Era 2007 e eu tinha acabado de completar 17 anos. E assim como agora, caminhava até a farmácia  fazendo as contas da lista interminável de anti-depressivos, ansiolíticos e tranquilizantes que o doutor havia me passado.Enquanto isso, em minha mente, lá está você, misturado às minhas lembranças, à minha loucura e aos meus delírios romanescos. Afinal, será mesmo que o amor (fico encabulada com essa palavra) nunca será eterno ou se o for está predestinado a ser breve?
Aquele meu primeiro " namorado" não era do tipo desrespeitoso mas era ousado e seguro, e o mais importante, seu intelecto, seu jeito moleque me causava algo. Seu defeito era beber e trabalhar feito um louco. E no meio disso tudo, minha inexperiência saltava aos olhos de qualquer bon vivant. Minha timidez era ridícula e meu senso de preservação imenso. Foi uma das vezes  que me apaixonei e jurei pra mim mesma nunca mais deixar isso acontecer. Alguns anos depois  apareceu Aquele outro alguem o Ele de todos os meus textos e sim eu o amei da maneira mais insana que alguem poderia amar, mas hoje ele es apenas uma boa lembrança.E por aqui  vou continuo minha caminhada . Quem sabe, em última instância, eu não tenha nascido para amar ninguém, nem mesmo eu? Meu esteriótipo, em um certo momento, é capaz de alucinar e amolecer qualquer coração rude, mesmo os mais extremistas e céticos com relação ao amor, mas após um certo tempo, meu perfume fresco, meu efeito afrodisíaco os deixam ensandecidos e furiosos. surto iminente frente a real possibilidade real amar. O que eu quero dizer, mon cher, é que isto não é uma simples opinião, é muito mais, é o que eu sinto, o que corre nas minhas veias. E essa sua incapacidade de se sucumbir ao nosso amor nos coloca na parede, é o nosso suicídio emocional. Porque amar, mon cher, amar envolve tudo: o toque dos  dedos no meu rosto ao acordar, o beijo de bom dia pela manhã, os versos corrosivos que alimentam a minha tara de aprendiz, as noites alucinantes de sexo e prazer, a fantasia e perversão fiel, secreta, restrita e intransferível. É porque eu jamais entenderia o amor sem qualquer um desses ingredientes e sei que nenhum deles é capaz de abafar o outro, não são inimigos em um campo de batalha, eles se completam. Por isso sempre achei o amor tão eterno e perfeito. Pois então moço que acabs de chegar e tornar tudo pra mim, que babaquice é essa agora? Você me apaixona, me faz imaginar que aquele belo sentimento nosso pode se transformar em amor e quando tudo se aproxima pra isso acontecer você cai fora? Porra por que isso?Mas Vá! pode ir, suma !! Vá viver sua vida chata sem mim.E sobre a minha cama se estende a colcha retalhada e sem graça das relações e sentimentos mais mesquinhos e inúteis de toda a humanidade: o machismo, o orgulho, a covardia, a avareza de espírito e de humor. Eu sei, sou de carne e osso e no meu decote carrego um peito inconformado. Na minha mochila estão meus pensamentos promíscuos, meus desejos e curiosidades, meus dramas isolei no mar. Os Mutantes me entenderiam. Há também flores desenhadas no meu caderno de rascunho. Então, chega de covardia, eu não sou padrão de nada nessa vida, sou o que sou e me orgulho de ser um tipo destemido de garota que usa o coração para pensar e a cabeça para amar ou vice-versa, tanto faz. Se você não me quer, abre alas, mon cher, que a vida vai passar!que chegue o proximo Idiota.

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