domingo, 1 de junho de 2014

Sou muito pra quem se contenta com pouco!

Ando me sentindo muito só.Totalmente sozinha. To querendo nascer de novo. Em outro lugar, noutra família, rodeada por gente que não conheço e nunca vi na vida me encher com o novo e esquecer do velho. Eu sei que esse papel não me cabe, mas essa sensação me inunda. Queria me mudar de casa. Meu eu, meu espírito, minha alma precisa de atenção. Queria morar num casulo com varanda e vista pro mar. Uma nova temporada pro meu eu. Um capítulo novo pra esse livro velho e esgarçado. Sinto falta da mesa cheia. Do amor impossível que aconteceu. Da diversão e da alegria no escuro. De me olhar no espelho e me reconhecer. Ando me perdendo nessas ausências e existindo sem querer, só pra não me deixar só. Eu e eu, querendo tudo e nada, abraçando o mundo e fugindo da vida. Dois lados de mim que se consolam, cúmplices e inocentes. Sinto falta de ser muitas em uma só. Ser dois é pouco pra mim.Me acho uma pessoa muito legal pra viver me estabacando por ai . Vivo em desvantagem por ser sensível demais às coisas. Por doar e doer demais. Tenho a sensação de que não importa o quanto eu me mostre, nunca vão de fato me descobrir por inteira. É como alguém ficar feliz com um cupcake e sair agradecido, sem nem suspeitar que tenho uma confeitaria. Começo a pensar que se eu fosse menos, talvez recebesse mais. E eu já tentei muito ser menos, mas não tenho vocação pra ser metade. De tudo o que aprendi, ainda peco em achar que perdi porque não mereço e se me machucam é culpa minha. A vida maltrata - sem dó - quem toma as dores de tudo. Não sei à quem puxei quando resolvi acreditar em meio mundo e me sacrificar pela outra metade. É mesmo muito bacana se colocar no lugar do outro, ser compreensiva, perdoar e afins. Mas há uma linha tênue entre ter todas essas qualidades e ser uma pessoa magnífica ou ter todas essas qualidades e ser uma idiota, escrava emocional e saco de pancada dos outros. Na real, eu sou muita areia pro caminhão de alguns. E não falo de qualidade mas de essência. Anotei aqui em algum lugar: eu sempre vou valer pouco pra quem não vale nada.

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