quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Os mesmos pés descalços voltam pra voce..♪

A vida e como uma estrada uma estrada infinita, estrada essa que um dia já foi curva e cheia de surpresas e hoje é apenas uma reta sem destino. Eu desprezo todas a paisagens que um dia já me foram atraentes, nada mais me agrada, nada sequer deleita meus olhos.Me examino mais claramente e percebo que estou sangrando, é um furo grande em meu peito e os vermes o corroem, mas não há dor, olho para trás e vejo que meu sangue criou uma trilha, de repente a esperança de que alguém possa seguir essa trilha percorre pelo meu ser, mas logo se esvai.Meus pés estão descalços, e sangram também, tudo em mim é sangue, tudo em mim é amargura, ao observar as paisagens percebo que há caminhos paralelos ao meu, há pessoas sorridentes nele e eu me pergunto o porquê de eu não ser uma dessas pessoas, eu as encaro e elas sorriem para mim, me incomodo com a presença acolhedora e as ignoro, volto ao meu caminho solitário.De repente reparo que mais a frente há um poço, corro até ele, olho a fundo e vejo que há água limpa e cristalina, experimento-a, nunca houve água melhor em todo o Caos, continuo a saboreá-la sem pudor, sinto uma vontade gigante de me afogar nela, me parece uma maneira tão bela de morrer.De relance olho para os lados e todos aquelas que ignorei estão a me encarar, eles carregam lanças e vem em minha direção, percebo que seus rostos acolhedores eram máscaras e que no fundo de seus olhos há a perversidade que reina em mim, no meu relexo na água, há morte em minha face, é pular e morrer ou apenas morrer, eu fico, escolho a morte dolorosa e parto para o plano dos que amam ou um dia amaram, para a remissão do desejo, para a tortura eterna.Na esperança de um novo jeito de caminhar  uma nova estrada surgir e de dias melhores por vir.

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