quarta-feira, 21 de maio de 2014

Tá punk :'(

Não faz mais nenhum sentido: por mais que eu lute para enganar a mim mesmo, as lágrimas sempre vencem e lavam meus olhos durante as noites. Fazer-me de forte, de feliz, sempre foi algo muito fácil para mim; mover o rosto, esboçando um sorriso; responder “estou ótimo” quando, na verdade, meu coração está se deteriorando lentamente. Minh’alma dói, mesmo que não possua uma. Assim como quaisquer órgãos e membros do meu corpo, também fazem parte dessa dor. Chego a pensar que tal agrura jamais terá fim; há de corroer minhas entranhas até a sepultura. E meu sorriso amarelado pela nicotina não convence nem mesmo a mim. Em frente ao espelho, enxergo um buraco negro gigantesco; nada do que suga pode ser considerado benigno, é tudo trevas e nada mais. Sinto como se houvesse me atirado em um abismo, e esse maldito chão nunca chega aos meus pés. Não me importaria em obter um termino sangrento ou algo assim, tudo, tudo para que essa dor que encharca meu peito suma de uma vez, que esses pensamentos os quais apenas me atordoam tenham um fim, um fim digno de olhares assustados e comentários enojados. Mesmo que meus ossos de vidro se partam em contato com o fim dessa queda e os estilhaços perfurem minha carne; só quero desabitar do mal que toma conta de mim: a cada dia que passa meus demônios se multiplicam e ocupam espaço nas profundezas dos meus olhos. E esta agonia a qual sobrevivo apenas faz-me crer que não há razões para viver, por isto teimo em apenas existir, sem nenhuma amargura ou arrependimento.

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