quinta-feira, 8 de maio de 2014

È na loucura que eu me encaixo!!


A ansiedade é o mal do século. Vivemos na velocidade da luz e somos feitos de carne, osso e sentimentos banalizados. Agimos e falamos sem pensar sempre em causa própria. A sociedade se resume à um bando de narcisistas medíocres, incapazes de reconhecer o bem comum. As pessoas estão loucas, perdidas, se conectam e desconectam no ritmo brega funk, fazem juras de amor pelo youtube, amores de um dia, alguns minutos ou quem sabe alguns segundos, enquanto o vídeo dure. Buscam algo que nem elas mesmas sabem o que significa, uma eterna tentativa de ser melhor, fazer melhor. Melhor de que? Melhor pra que? Pra quem? Porque repetir é muito mais fácil do que refletir e criar. Afinal onde estão os poetas, os amantes, os meninos de bom coração? E você, saberia me responder onde foi que se escondeu a sua poesia? Eu me sinto exausta perante o mundo e tenho caminhado em sentido contrário, vou ao encontro do meu intimo, da minha calma, do meu blues caetaneado. Eu não quero me encaixar em nenhum grupo, minha carteira de identidade eu guardei, eu não sou nada e nem pretendo provar absolutamente nada pra ninguém. Hoje eu quero me ater ao mínimo, aos detalhes, as nuances perdidas, ao prazer tímido e fresco. Estou farta de tantas referências e princípios que não condizem com o que eu sou capaz de enxergar e engessam o meu futuro ignorando minha tendência humanista cética. Algumas pessoas dizem que estou louca, que vejo coisas que nem existem, que são as drogas, o álcool ou essa mania de escrever e ironizar a vida, versificar o último gole da garrafa antes de morrer todos os dias. Eu só sei que é isto que me salva, que me infinita e me mantem viva.

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