segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Tudo me dói. Tudo me faz sofrer ao extremo. E quem deveria se importar, não se importa. Qualquer palavra grosseira, qualquer olhar com desprezo, qualquer abraço pouco apertado, qualquer sorriso não dado. Sinto demais, o tempo todo. E as pessoas se fortalecem em cima da minha fraqueza. Isso é normal? Ser feliz com a tristeza alheia? Pois pra muitos, já virou rotina. E a minha rotina, também se formou. Todas as noites, acabo chorando pensando nos mil motivos que tenho para fazer isso, estar ali, só, e sofrendo enquanto os outros sorriem. Que ironia, tal pessoa que me prometeu sorrisos, agora causa meu pranto. E eu faço o que? Sofro. Porque é o que sei fazer de melhor. Sofrer e tentar calcular meus erros. Fixando cada centímetro do que vivi, e procurando entender o porque de tudo isso. A dor é estonteante, cada milímetro do meu corpo dói. Essa é a minha versão morrendo. Morrendo por tentar ser o que não sou. Morrendo por tentar alegrar a todos e evitar o desprezo que me consome a cada segundo. A vida não vai realizar todos os meus desejos. Mas manter a carnificina viva é o mínimo que posso fazer. O regulamento está zerado. Nem a mais bela das bailarinas sabe o que fazer. Esquecer os passos é normal, afinal, estamos perdidos nesta vida íngreme de solidão. O coração não para, mas congela relativamente a cada batida. Ser sozinha é a melhor forma de viver. O ser humano cansou de entender. Vivemos presos no sorriso forçado. No abraço mal dado. Na mão fria apertando a sua tão levemente que parece que estamos cumprimentando o ar. Não se valoriza mais um leve aceno de cabeça. Somos nós e o pó. Somos o pó que vira nó. Somos o vento frio de um julho mascarado de dezembro. Acredito nas minhas fraquezas. Mas sei que elas não serão o suficiente para suprir a minha necessidade de ser um ser de verdade. Se minhas fraquezas te fortalecem, faça bom uso delas. Eu sou um redemoinho prestes a se formar, e se nada do que eu digo vai te fazer enxergar, vou continuar a minha rotina e ao pó vou regressar.

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