“Tudo começou quando eu comecei a trancafiar os meus sentimentos dentro de meu peito e por sorte aprendi a doma-los. Essa coisa de domar os sentimentos é como um tipo de frieza incomum, dominar o que nasceu para ser inevitável, indomável. Meu maior erro foi achar que daria certo me tornar uma pessoa fria; como uma pedra de gelo. Tentei por inúmeras vezes congelar meu coração, congelar toda a dor, congelar qualquer sentimento que se demonstrasse petulante ao meu gosto. Acordei com a tristeza e solidão correndo em minha corrente sanguínea, me comprenssando contra mim mesma, não dando a mínima vontade se quer de levantar da cama. A vida se tornou um apagão total, onde cores se tornará preta aos meus olhos, flores morriam . Sinto como se estivesse apenas respirando, inalando a solidão creio eu. Solidão… ta ai uma palavra que tem costumado a atormentar todas as minhas madrugadas vazias em que não durmo,nem um piscar de olhos. Não é proposital, posso dizer que já me acostumei. Como já me acostumei com a tristeza, com a frieza, com o desamor, com a falta do amor que antes me preenchia por inteiro. Não sei ao certo porque cheguei nesse ponto, a beira desse obstáculo mil vezes maior do que a mim. Mas eu tenho muita coragem, eu receio, coragem por continuar nessa batalha diária sem ter desistido mesmo que já tenha pensado nessa hipótese inúmeras vezes. Vou virar o jogo, deixar que esse fio de lucidez que ha no fim, La na parte sombria do meu coração, se expanda em um clarão lindo de se ver. Como antes, a alegria se renascerá… E a tristeza, trancarei em uma caixinha, com cadeado, porém, sem chave para abri-lo. Conquistas virão e meus passos não será mais apagado por qualquer bobeira, plano de suicídio não será embutido em minha mente, muito menos em minha pele. Espero esse dia chegar com ansiedade, com orgulho. Espero por um sentimento bom, uma nova chama de esperança que esclareça o entardecer. Ao chegar desse dia andarei sobre mares de sorrisos verdadeiros, sem medo de cair e sem medo do que possa estar a minha espera. Reencarnando luz, enterrando escuridão.”