quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Chegamos ao fim !!

Hoje eu andei pensando em como minha vida está entrando nos eixos, não que tudo tenha se resolvido magicamente, mas eu já não entro em desespero por estar sozinha nem choro todas as noites com medo do escuro. Minha mae já não enche tanto meu saco, tenho um emprego legal e até estou escrevendo um livro. Por isso, Branquelo, hoje — especialmente hoje — resolvi escrever para você, não sobre você. Há uma grande probabilidade que você não leia isso, assim como não lerá nada que escrevi sobre você, mas me sinto na obrigação de tentar esclarecer tudo ao meu respeito, para que você ao menos me entenda. Não, eu não sou uma jovenzinha louca, talvez eu seja, mas isso não interfere no que eu sinto, nem no que sinto por você. Simplesmente, um dia acordei e pensei em você, metade do meu corpo gritava por seu nome e a outra metade era confusão. Assim mesmo, meio torto, meio errado, meio rápido demais, sabe? Mas aconteceu. O medo foi o segundo sinal. Eu sempre fui inconsequente, noutros dias eu teria ido até você e dito tudo que estava sentindo, mas pela primeira vez eu recuei e pensei no que você pensaria sobre mim. E eu nunca senti isso por ninguém, nunca! Já tive outras paixonites, mas nada que me fizesse ter medo de ser eu mesma, entende? Foi então que eu percebi que não era algo passageiro, talvez até fosse, mas não tão depressa quanto os outros. E isso foi o suficiente para me amedrontar. Não que seja algo perturbador gostar de você, muito pelo contrario, você é daquele tipo de pessoa que qualquer mulher arriaria os quatros peneis — como fala minha amiga. Mas não é do tipo que arreia os quatros peneis por mim, entende? No máximo eu seria um Step, ou algo que seja de uso rápido, nada permanente. E isso doía, porque enquanto eu pensava em você o dia todo, todo dia você me esquecia um pouco mais. Desde o inicio eu soube que não seria fácil, tava na cara que você nunca olharia facilmente para mim. Não éramos um melhor que o outro, mas seguíamos caminhos opostos e paralelos, nunca nos encontraríamos, em esquina nenhuma, em caminho nenhum, e por mais que eu olhasse para trás, te visse indo e sentisse vontade de ir atrás, eu nunca te alcançaria. E você se foi, até eu te perder de vista. E foi ali, só ali, naquele momento, que pude perceber que nossos destinos não se entrelaçavam. Foi ai que percebi que não buscamos encaixes, metades de laranja, alma gêmea, amor perfeito, nada disso; as coisas apenas acontecem ou não. E não aconteceu com a gente, entende? Aconteceu comigo, mas você se distraiu com outras coisas e me deixou passar. E agora estou escrevendo aqui sobre nós, estou escrevendo um final que nunca teve inicio, uma história confusa, composta pelo meio e o fim. Fim esse que não foi feliz. E mesmo que você não lembre meu nome amanhã, nem tenhamos uma música, nem uma data, nem nada que lembre o nós, eu ainda terei você, não ao meu lado, mas dentro de mim. Porque te amar sozinha era tarefa árdua demais para mim, mas lembranças podem ser unilaterais. Lembrar sozinha não dói. E nunca vou te esquecer. Se um dia você ler este texto, te peço que esqueça logo depois de lido, não espero uma resposta sua nem nada memorável, só quero que guarde para sempre minhas palavras e saiba que um dia alguém te guardou no coração. Com todo o amor não correspondido do mundo. Te esquecer jamais, pois quem a gente ama nunca se esquece, mas hoje  amo sem dor porque se tornou uma linda lembrança.E sinto pronta pra amar outra vez .Pois tudo que um dia noz faz sorrir nunca vai ser em vão."

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