terça-feira, 5 de junho de 2018

Never be the same..!

De um tempinho pra cá, eu percebi que mudei bastante. Sabe quando você para, pensa e percebe que não é aquela mesma pessoa de antes? Que era viciado em certas coisas que hoje em dia você nem liga mais? Que tipo, saiu de dentro da caixinha em que vivia? E que saiu dos seus limites, mesmo sem ter virado a vida de ponta cabeça. É meio complicado, mas pensa assim: Você sempre gostou de rosa, sempre foi sua cor favorita, e daí o azul do nada começa a chamar muito a sua atenção, só que você é muito apegado ao rosa e não quer abrir mão da cor. Então você junta o azul com o rosa e forma uma cor nova, e quando essa nova cor se forma você acaba percebendo que também gosta do roxo. E é praticamente isso que vem acontecendo na minha vida, tudo que eu fui, sou, vou ser, estou sendo, está tudo se misturando, formando que um “novo velho eu”. Óbvio que no começo eu estranhei essas mudanças, porque geralmente quando você encontra uma mudança em você mesmo, a tendência é estranhar e apontar aquilo como um erro. Mas com o tempo você vai se acostumando, e gostando da ideia de se renovar todo dia. Até porquê essa crise é natural, e indica que você está crescendo. Pense em você mesmo como uma esponjinha, que a cada segundo, dia ou ano vai absorvendo gotinha por gotinha. Seja a gotinha um amigo que você conheceu, um livro que você leu, uma série que mudou a sua vida, uma experiência incrível ou terrível, enfim… Você vai absorvendo tudo isso e somando com o que você já é, e o que você transmite para o mundo é a mistura disso tudo, das experiências que você já viveu com a sua essência, com aquilo que você já era, que estava aí dentro de você o tempo todo. Então essa mudança é inevitável, não adianta você se culpar ou se sentir mal por não ser mais a pessoa que era quando foi dormir ontem, porque algo que aconteceu hoje pode ter lhe alterado um pouquinho, e então você mudou. Quero dizer que está tudo bem em não ser mais a pessoa que você era antes, que não precisa se sentir mal por algo que você não consegue controlar, e nem precisa continuar fazendo velhos hábitos que você nem gosta mais de fazer porque se sente pressionado pela sociedade, por seus amigos ou quem quer que seja. Você não precisa se sentir preso a ser quem era antes, só precisa manter isso e somar com esse novo “você”, simplesmente você. O que importa é manter sua essência e ser honesto com você mesmo. O resto é resto, você pode gostar, deixar de gostar, pode enjoar, pode nunca enjoar. Porque se antes eu gostava de cantar, hoje eu gosto de ouvir. Se ontem eu gostava de ouvir, hoje eu gosto de observar. Se antes eu gostava de observar, hoje eu gosto de sentir. Se ontem eu gostava de sentir, hoje eu já nem me preocupo mais com o que eu gosto. Até porque eu nem sei mais direito quem eu sou hoje, e nem preciso saber. Só sei que sou eu, e isso já é o suficiente… Por enquanto.

Um comentário:

  1. Nada posso ser se for eu mesmo o tempo todo, mas posso ser o que quiser se deixar de ser eu mesmo o tempo todo.

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