“Hoje eu quis escrever, escrever pra lembrar, escrever pra sorrir, escrever pra chorar, mas escrever sobre o quê? Escrever sobre você?Talvez! Escrever sobre o que não aconteceu? Escrever sobre minha vida? Não sei ainda. Mas quero escrever. Pretendo escrever, por mais que seja só isso, mas não quero parar por aqui. Quero continuar, quero ir além, além das palavras, além da onde estou, além da onde eu fui. Deixei muitas coisas pra trás, larguei amores, amigos e até um daqueles meus álbuns favoritos . Não importava mais. Precisava mudar. Buscar algo novo. Algo que fizesse eu sentir pelo menos uma vez na vida o tamanho do quanto eu posso ser feliz. E sabe o que eu descobri? Que a felicidade é uma coisa infinita. Hoje eu estou feliz demais, amanhã eu posso estar só um pouco e depois? Depois eu não sei. Ninguém sabe o que vem depois. Será a morte? Um novo amor? Ou uma vida diferente da qual eu estava acostumado a levar? Não sei. Quem sabe? Ninguém sabe. Mas também não quero respostas. Ou quero? Se eu te perguntar, você me responde? Acho que não. Então deixa quieto. A vida responde, de qual maneira eu não sei. Espero que seja de uma maneira boa. Cansei. Eu acho que cansei. Não sei. Sou meio bipolar. Acho que eu ainda te amo também. Ou não amo? Ou apenas só amei aquela noite que tivemos juntos. E que noite, hein?! Você até que me surpreendeu. Quis te contar coisas, mas você não iria entender. Deixei pra lá. Resolvi dizer coisas que você entenderia. Falei sobre outras coisas. E acho que você compreendeu. Não te contei, mas fiquei feliz quando você disse que estaria aqui me apoiando. Mas te juro que na hora eu quis perguntar até quando? Mas tudo bem. Eu me acostumei com as partidas. Se você partisse, não seria a primeira. E até que eu estou começando a sentir falta daquela minha garrafa de Tequila. Mas te prometi que não iria tomar, por mais que eu precisasse matar algumas coisas aqui dentro. Mas tudo bem, a gente se acostuma. Com a vida? É, com a vida. Tudo bem se amanhã eu não te procurar? Não foi porque não gostei, mas é que eu sou assim. As vezes eu gosto de ficar sozinha, olhar o mar, pensar na vida. Não vou te fazer de meu refúgio, porque se um dia você você partir, eu não terei onde me esconder. Então melhor assim deixa a vida ser da maneira que deve ser.”
“Uma vez ouvi dizer que homem é igual a biscoito: vem um, vêm 18. Eu devia ter uns 15 anos e achei graça. Mas só hoje, com alguns anos depois, do alto da minha solteirice, eu compreendi tudo sobre essa teoria. E vi que ate que faz sentido. Funciona assim: quando a gente tá carente, sozinha, solteira, e sai ligando pra todos os paqueras, ex-namorados, rolos e afins, ninguém te quer, não é? Pois é. Essa é a primeira fase: tocos em profusão. Na segunda fase, a gente resolve que não precisa de homem nenhum pra ficar bem, e aí aparece um só pra contradizer nossa certeza de auto-suficiência. Vem todo carinhoso, romântico, paparicante… A gente baixa a guarda, começa a sair com o cara, percebe que ele é interessante, resolve ver no que dá. Vai saindo, conhecendo, ficando… E aí o que acontece? Entra na fase 3: a Teoria do Biscoito. Chega um momento em que tu sente que a historinha tá evoluindo pra um possível compromisso, que está gostando daquele carinha, mesmo que ele não seja o príncipe encantado que sempre habitou seu imaginário de mulherzinha. Só que aí, neste exato momento, TODOS os outros que te dispensaram antes começam a te ligar. Parece que eles farejam no ar, que combinam entre si. Acho que a gente deve exalar algum cheiro diferente que, interpretado pelo cérebro masculino, diz “eu encontrei alguém, não estou disponível”. Imediatamente, você se torna o objeto de cobiça de todos eles. Talvez justamente por estar radiante, feliz e não-disponível. Aí rola aquela sequência inacreditável de acontecimentos fantásticos. Você tá na rua com seu novo pretendente e aquele gatinho que você beijou a dois meses e nunca mais deu notícias começa a te ligar. Você vai pra boate sozinha (no dia que seu gatinho resolve ficar em casa descansando) e encontra aquele clone do Guilherme Leican, que namorava sua colega de serviço na década passada e ele te olha, te acha linda e quer ficar com você. E aquele outro, que era seu sonho de consumo como namorado perfeito, partidão, mas que sempre te esnobou, começa a te ligar quase diariamente: chama pro cinema, chama pro showzinho, liga para perguntar o que tu tá fazendo, pra te falar do carro novo que comprou, liga só pra ouvir a tua voz…tem gente que acha isso o paraíso. Mas na boa, eu acho que só serve pra atrapalhar. Porque, como mulherzinha do bem que sou, eu só quero essa penca de homens me ligando quando tô na guerra, que é pra poder escolher. Mas depois que eu resolvo sossegar com um, não quero que ninguém fique me ligando pra semear a discórdia e a dúvida na minha mente. Mas o babado é resistir às tentações. De repente, com tantos homens fantásticos te ligando, tu começa a olhar pro seu pretendente atual e a achar que ele não é tão bonito quanto o fulano, nem tão alto e gostoso como o beltrano, nem carinhoso e bem-humorado como o cicrano. Você questiona se não está com ele por pura carência, porque ele apareceu num momento de falta de opções no mercado. E essa é a grande cilada. Muitas não resistem. Dispensam o gatinho atual e tentam administrar todos os outros. Eu já fiz isso. Aí a Teoria do Biscoito entra na fase final: a de que quem come o pacote inteiro tem indigestão. Fica sem ninguém. Todos somem e você fica sozinha, se perguntando como foi que deixou escapar aquele carinha tão legal com quem estava saindo, só por capricho. Eu não sei se funciona assim para todas as pessoas. Mas eu decidi que agora vou dizer um sonoro “não, obrigada” para toda a fila de passatempo com super-cobertura, e ficar sim com aquele que não é passatempo, mas é trakinas de morango. Que não é brastemp super-ultra-mega-estrelinha-plus, mas é consul-slim e se encaixa direitinho na minha casa. Que não é o príncipe encantado, lindo, maravilhoso, perfeito, em cima do cavalo branco, mas que é um cara real, de carne e osso, que está do meu lado e quer ficar comigo. Quem me diverte e me agrada e gosta das mesmas músicas que eu, e gosta de dançar música trash dos anos 80, que me apresenta pros amigos sem nenhuma cerimônia, que fica bolando pequenas surpresas pra me fazer e que é, sim, muito lindinho à sua maneira. Simples assim. Se não der certo, não deu. Faz parte da vida. Mas eu não preciso comer o pacote inteiro de passatempo pra saber que uma trakinas de morango me satisfaz.”
Olá, tudo bem? Como vão as coisas por aí? É estranha a ideia de começar uma carta para uma pessoa que provavelmente eu não conheça ainda. Mais complicado ainda é escolher o endereço do destinatário, já que não tenho a menor ideia de onde você esteja, até porque se soubesse, não estaria andando por aí a te procurar. O que posso afirmar com absoluta certeza é que, embora possa ainda demorar a aparecer, de alguma forma eu sei que vou te encontrar. Não sei quando, muito menos como, mas sinto que vai acontecer. Às vezes penso que essa demora, apesar de muitas vezes complexa, teve o seu lado positivo. Deu-me a oportunidade de passar por muitas coisas. Conhecer pessoas e lugares incríveis. Conhecer pessoas e lugares que eu preferia não ter conhecido. De tudo que você possa imaginar e tudo de grande valor para o meu crescimento pessoal. Aconteceu de pensar por algumas vezes que tinha te encontrado. Certa vez até tive certeza disso. Hoje chego a acreditar que ainda não te conheço ou, se conheço, eu ou você ainda não nos demos conta. Provavelmente os dois. Não me arriscaria afirmar nada. O fato é que sempre fiquei tentando te encontrar nas pessoas que eu gostaria que fosse você e, a duras penas, aprendi que primeiro precisamos esquecer do que queremos para finamente entender o que merecemos. Diga-se de passagem, por tudo que tenho visto por aí, acredito que mereço algo especial. Agora que me conscientizei disso ficou tudo mais fácil. Deixo a cargo do acaso escolher o momento certo de esbarrar com você por aí. A frase é feita: “o segredo é não procurar”, e eu demorei um bom tempo para entender isso. Afinal, de que vale a chegada ao destino se você não souber aproveitar tudo o que o caminho até lá tem a oferecer? Depois que me dei conta disso percebi também que o tal caminho pode ser até divertido, basta saber tirar aprendizados de cada situação vivida, e eu tenho aprendido muito. Vou encerrando por aqui. Como ainda não posso te enviar essa carta agora, vou guardá-la até o momento propício. Deixo marcado com você que um dia a leremos juntos. Não vejo a hora!! (Precisava Escrever - Rafael )
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“Não quero alguém que morra de amor por mim. Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível… Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre. E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho. Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo. Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe; Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas; Que a esperança nunca me pareça um não que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como sim. Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros, sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão. Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim e que valeu a pena.”
“Hoje eu me aceito bem mais. Deixei de olhar para os meus defeitos e descobri o que existe de bom dentro de mim. Deixei de me sentir culpada e responsável por tudo o que acontece em minha volta. O resultado foi uma alma mais leve. Me encontrei em mim, comecei a contar até três, até dez, até vinte, se preciso. Agora rio mais dos problemas. Não deixo para depois as dores bobas, deixo mesmo de lado, fora de meu campo de visão. Aprendi a suportar certas lembranças apenas deixando de falar a respeito. Aceitei, finalmente aceitei, que elas vivem e viverão para sempre em mim, mas eu posso dosar a mania de lembrar. Eu que sempre gostei de ver o lado bom das coisas, passei a viver esse lado bom. Do meu jeito, aceitando meu gosto pelo silêncio e conversas a dois. A gente tem o vício de achar que o inferno está em nós mesmos, quando só falta um pouco de compreensão. Fazemos de tudo para entender a opinião do outro, a vida do outro, mas não nos entendemos. Não buscamos descobrir nossa verdadeira personalidade. Se o estresse é falta de sono, se a falta de sono é estresse. Às vezes a gente só precisa de um pouquinho de amor próprio, antes de qualquer outro.”
“Eu preciso de certezas. Aliás, eu necessito de certezas. Por que? Ora, simplesmente porque eu já me enganei demais com tudo que envolvia pessoas e sentimentos. E olha, quando se trata de mim, sentimento vira uma coisa perigosíssima. Digamos que vira uma bomba destruidora. E o que essa bomba irá fazer? Exato, explodir. Explodir em quem? Exatamente, no bobão aqui. E isso não é o pior, o pior são as marcas, as dores e os profundos cortes que ela deixa na alma. Cortes, que futuramente, virarão uma carcaça impenetrável. Exatamente, essa é a palavra: impenetrável. Não passa. Não entra. Não chega perto. Proteção, essa é outra palavra adequada para o momento. Proteção contra tanta maldade que existe por aí. Proteção na qual eu gosto de estar inserido. E claro, quem não gosta de se proteger? Eu gosto, mas também não gosto. Confuso, não? Muito, aliás, tudo que se trata de mim vira isso: confusão. E quando eu falo em confusão, estou direcionando para tudo: do dedinho do pé, ao mais longo fio de cabelo que possa existir. A proteção, até certo ponto, é boa. Mas em dose exagerada, em excesso, causa uma dor fina no peito que muitos chamam de solidão. Solidão, essa é a palavra na qual eu queria chegar. O sentimento mais dolorido e avassalador que possa existir. Eu não sei se você sabe, mas existe uma grande diferença entre ser sozinho e estar sozinho. Estar é momentâneo, logo logo passa, e, talvez, fica tudo bem. Ser sozinho, é um pouco - ou muito - mais dolorido, pois, quando o único sentimento que passa a habitar seu peito é a solidão, você está completamente fudido. Sim, isso mesmo. Fudidinho da Silva, meu caro. Os dias se tornam intermináveis, as noites nem se fala. O frio se torna insuportável e a tristeza passa a ser sua melhor e fiel companheira. E diga pra mim, há algo pior que isso?”
“É complicado. Estou feliz porque aconteceu. Me custou uns fios de cabelo em algumas horas em que ele me enlouquecia, me custou umas lágrimas quando eu pensei que fosse perde-lo, mas foi bobeira. A gente perde muito tempo com esses pensamentos ruins de que vamos nos dar mal se nos entregarmos, e acabamos não aproveitando grandes momentos. Aprendi que se entregar no final das contas é bom, e se apaixonar é a mesma coisa que se arriscar. Pode dar certo, ou não. E a vida dá voltas, sendo elas boas ou ruins. Elas te trazem o que você merece, e o que você precisa, até o momento que você deixar de precisar, ou deixar de merecer. Depois, aquele mesmo destino que te trouxe, ele também te tira. Confesso que ter ele era um desafio pra mim. Eu acordava sem a certeza de te-lo, e isso me fazia ter que ”faze-lo meu” todos os dias. E isso por mais que fosse muito desesperador (porque eu podia ou não conseguir), me fazia bem… Me fazia apaixonada, ter algo pra lutar é uma das melhores coisas. Eu nunca disse ”te amo” tantas vezes pra uma pessoa. Era algo que eu sempre achava falso. Te amo não é bom dia. Te amo pra mim es algo usado em situações de emergência. Se eu estivesse morrendo, e alguem estivesse na minha frente, ai sim. Ja ele tinha essa mania horrível de dizer te amo toda vez que dizia tchau (confesso que era nosso combinado). Mas eu acabei gostando disso também, e no final das contas, eu fazia por mim… Afinal, como saber se existiria outro te amo no dia seguinte? Como saber se existiria um outro ”dia seguinte” com ele? Então, se ele resolvesse ir embora.. Que levasse meu te amo junto. Eu sempre falava sobre amor de uma vida com ele… Não amores passageiros, e sim aqueles que aparecem na vida por algum propósito, fizeram bem, e acima de tudo, permanecem. Eu me lembro contando isso pra ele. E eu disse que amores assim não se encontram todo dia… E no final das contas, sem saber, ele era um desses. Na verdade, ele foi desde o inicio. E eu não consigo me arrepender de absolutamente nada ao lado dele. Agora as coisas vão tomar seu rumo e eu sei que não vai doer quando eu falar com ele de novo. Pelo contrário. Vou ficar feliz. Feliz em saber que o meu amor ainda anda por aí fazendo bem aos outros, sem saber, sem querer nada em troca. Quero a felicidade dele como a de ninguém, e se for com outra pessoa, que seja! Qualquer um. Qualquer um que realmente o faça feliz e queira o bem dele, como eu quis, como eu fiz. Que seja doce… Que ela se de bem com a família dele, que ela largue tudo por ele, que ela a irrite, que ela seja implicante, e tire os melhores sorrisos. Eu não queria o fim… Mas que bom que acabou dessa forma. Sem brigas nem dor, apenas um ate breve. Quem sabe nos reencontramos um dia qualquer e que neste dia Voce e Eu estejamos totalmente Feliz. Nao sei se o jeito que me amou alguem um dia poderas me amar, mas apenas pelo fato de saber que um dia eu fui amada com toda a intensidade do mundo isso me torna uma pessoa sortuda no mundo. Obrigado por todos os momentos e sorrisos proporcionados.Boa sorte!!”
