sábado, 24 de novembro de 2012

Nao estou feliz e nem triste :S

Eu não estou feliz. Não há mal algum em admitir a ausência de felicidade, há? Isso não me faz ser uma ignorante psicopata ou uma louca suicida. Como citou Martha Medeiros: “estar triste não é estar deprimido”. Não, eu não irei me jogar da primeira ponte ou cortar a minha cabeça com a primeira faca que estiver na minha frente. Apenas não acordei amando a vida e admirando a beleza do mundo. Aliás, que beleza? Às vezes penso que a minha mudança de humor repentina é, exatamente, causada por quem está a minha volta. Eu não tenho culpa se alguém resolveu fazer outro alguém triste e, infelizmente, esse alguém fui eu. Se o resto do mundo não é capaz de me abrigar sem fazer eu me sentir a pior pessoa do universo, sim, eu tenho todo o direito de me isolar e chorar baixinho até que as lágrimas sequem. Será que existe algum ser racional que, por favor, entenda o que eu quero dizer? Não fui eu quem escolhi ser triste, protagonizar um dia cinza e ter o coração gelado. Vocês - me refiro a todos aqueles que me feriram ou levaram um pedaço meu embora, de alguma forma - me tornaram assim. Eu não tive opção. E não digo isso pra bancar a revoltada-com-mau-humor-constante. Apenas estou vivendo um dia ruim, mês ruim, vida ruim. Posso pedir pra trocar? Digo, de corpo, coração e mundo. Não suporto mais abrir os olhos e colocar a minha roupa baleada de existir. O meu céu está nublado e eu não tenho a obrigação de sorrir pra quem passa por mim. Desculpe a falta de modos, mas, se pudesse, mandaria todo mundo pro inferno. Não,  não me xingaram, nem me bateram, muito menos me tiraram do sério ou algo assim. Eu apenas estou com os meus instintos e passagens pra puta-que-pariu em excesso. Odeio não estar feliz. E odeio ainda mais ter que admitir isso. Porque, quando isso acontece, parece que o mundo esbanja felicidade e todos os cosmos existentes parecem estar contentes. Eu odeio, com todas as minhas forças, me sentir a única capaz de admitir que tudo isso é uma grande merda e que todos nós somos uns ridículos mascarados fingindo sorrisos modestos. Não tem nada mais desesperador do que cravar uma guerra interna consigo mesmo e ver todos ao seu redor sendo formidáveis uns com os outros. Parece loucura, mas não é: ser feliz é o objetivo mais simples que temos, mas também o mais difícil e doloroso de ser alcançado.

2 comentários:

  1. Obrigado pelo texto, de verdade. Serei eternamente grato. Por um momento percebi que não sou so eu pensando assim

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